dezembro 17, 2009

re-nascer


















Dentro mora o canto de uma cotovia que adormeceu, cansada de sol e poeira, encostou as asas ao seu estreito bico e mergulhou no silêncio de uma noite de inverno.
Em sonhos, as palavras visitaram-na, deixavam recados em papéis amarelecidos que o vento soprava a brincar.
Algures no fim da noite o sol prometia um dia, seguido de outro, tempos de cantar, de crescer...
Nunca chegou a abrir os olhos.
Um manhã, a primeira, limitou-se a acontecer...