março 02, 2010

Caminhos


Abre os braços para o sempre,
Não espera.
Pesquisa a brisa com tentáculos de conhecedor.
Não caminha.
É devagar que silencia cada anoitecer, com sua vaidade rasgada, com seus olhos de espanto e fome.
Voa pelos pequenos espaços por onde a sua grandeza se expande.
E no azul reconhece o tanto que ainda tem de crescer.

Silenciados os gritos, as revoltas e a sede.
Todo ele se dobra.
Um pequeno todo que se explica.
Ouve a brisa, respirando sobre ele aquela tão nova manhã.

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