janeiro 16, 2007

deserto de mim




















Veste-se a noite de tempo... um tempo imenso e cortante.
Deserto de mim, onde não encontro o teu corpo que me abrigue






sou a espera e o desespero

abro a capa do tempo
e finjo a paciência infinita dos que são sábios



(nem sempre o que sinto é bom)
(nem sempre é bonito)




querer-te em mim a matar-me a sede
a atravessar este deserto em que habito sem ti


querer o corpo abandonado no meu peito
querer o agora, tão aqui
que amanhã não exista mais.
J.

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