janeiro 08, 2007

Para provar que sou sublime


Fiz de mim o que não soube,

E o que podia fazer de mim não o fiz.

O dominó que vesti era errado.

Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti,

e perdi-me.

Quando quis tirar a máscara,

Estava pegada à cara.

Quando a tirei e me vi ao espelho,

Já tinha envelhecido,

Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.

Deitei fora a máscara e dormi no vestiário

Como um cão tolerado pela gerência

Por ser inofensivo.

E vou escrever esta história para provar que sou sublime.


Alváro de Campos (F.P.)

2 comentários:

AB disse...

Olá! è bom saber q 2007 te trouxe de novo ao mundo digital! welcome back!

:)

Anónimo disse...

Tirar a pele
Tirar a máscar
ou o tirar de nós
?

O que é preferível?

Provavelmente nenhuma delas,para não ter que sofrer